Categoria Notícia
Diplomação é marcada por alegria, agradecimentos e críticas à crise política e econômica
29 junho, 2017

A música, a dança, o grafite, o teatro, o circo, a arte de rua e muitas outras formas de cultura invadiram a Sala Cecília Meireles na noite da última segunda-feira (19/06). O espaço, um dos palcos dos bons e grandes espetáculos, foi o escolhido para a solenidade de entrega do Diploma Heloneida Studart de Cultura 2017, conferido pela Comissão de Cultura da Alerj. Esta foi a quarta edição do Diploma, a terceira sob o comando do deputado estadual Zaqueu Teixeira (PDT), que preside a Comissão desde 2014, ele explicou o motivo da diplomação não acontecer na Assembleia.

“Não podíamos penalizar ainda mais os fazedores de cultura com a não concessão do Diploma, já que para cortar gastos as solenidades noturnas na Alerj foram transferidas para o período da manhã. Durante o dia as pessoas da cultura estão trabalhando, muitas vezes em outras áreas, para garantir o pagamento de suas contas. O caminho foi buscar parceria com a SEC para realizar a cerimônia na Cecília Meireles, um espaço que combina muito com o nome Heloneida Studart”, declarou o parlamentar.

A solenidade foi pontuada por momentos de euforia, como durante a apresentação de Belinha e sua Malinha – boneca que a arte-educadora e atriz Maria Cybele Toledo encarna para alegrar as crianças e transmitir valores como reciclagem, integração, partilha e o respeito através de brincadeiras – por críticas à crise política e econômica em que o Rio de Janeiro e o Brasil enfrentam e por muita emoção pelo reconhecimento da dedicação à cultura.

“Ser reconhecido em vida materializa a carreira de qualquer cidadão, principalmente na área da cultura. A democracia nasceu da cultura, que é o pilar de formação da sociedade. Quem vive dela, é apenas um emissário que anuncia que bons ventos virão”, disse o ator Antônio Pitanga, um dos 42 agraciados.

A atriz Léa Garcia também demonstrou alegria ao receber o seu diploma. “É uma honra receber esta homenagem, dedicou-a a todos aqueles que sonham com um Brasil melhor e mais justo”.

Quase todos os contemplados com a honraria compareceram ao evento. Uma das ausências mais sentidas foi da artista homenageada, a grafiteira Panmela Castro, a Anarkia Boladona, autora das artes que ilustraram todas as peças do Diploma Heloneida Studart 2017. Ela foi representada pela mãe e pela irmã.

Além dos diplomados e seus convidados, participaram da solenidade os deputados estaduais Eliomar Coelho e Wanderson Fernandes (PSOL) – ambos são membros da Comissão – Jorge Felippe Neto (DEM) e o secretário estadual de Cultura André Lazaroni.

Ao encerrar a solenidade, Zaqueu Teixeira agradeceu aos funcionários da Sala Cecília Meireles, que apesar de estarem há três meses sem receber salários, não poupam esforços para que a Casa funcione normalmente e deram todo apoio para que a cerimônia fosse um sucesso. Assim como ao secretário Lazaroni, que concedeu o uso do espaço.

O Diploma
Criado em 2009 e concedido apenas uma vez, em 2011, o Diploma é um instrumento de reconhecimento e estímulo às boas práticas culturais e leva o nome de Heloneida Studart em homenagem a sua atuação na área. Este ano, 82 instituições e pessoas físicas ligadas à área cultural se inscreveram, uma comissão selecionou 42 e estas receberão a honraria em Sessão Solene. Para a escolha foram observados os critérios de relevância cultural, a diversificação das linguagens e as regionalidades.
Diplomados

1. Associação Cultural para Desenvolvimento de Tecnologias Humanas – Volta Redonda
Categoria: Artes Visuais

O Cinestesia Cine Clube foi criado em 2011, com o objetivo de oferecer um espaço para a troca de ideias a partir de exibições de curtas, médias e longas-metragens não comerciais. As exibições são sistemáticas, gratuitas e acontecem no condomínio Cultural em Volta Redonda, em escolas, no Degase,praças e em espaços culturais. Tudo aqui foi pensado para ser um espaço fomentador de diálogo com a comunidade, com fazedores de cultura, com universidades, com instituições não governamentais e governamentais, promovendo, assim, a circularidade cultural. O Cinestesia é muito mais do que um polo de exibição cinematográfica, pois a função do cinema vai além do entretenimento. O cinema é uma poderosa ferramenta para a transformação social por fazer pensar, provocar a consciência e o senso crítico

2. Adua Nesi – Rio de Janeiro
Categoria: Artes Visuais, Museus, Música, Patrimônio Imaterial, Patrimônio Material

Graduada em museologia pelo Museu Histórico Nacional, especializada em Museus Artísticos, com ênfase em Áudio-Visual, Adua começou trabalhar no Museu da Imagem do Som com em 1972, inicialmente com o Almirante (Henrique Foréis Domingues) e a partir daí com grandes personalidades, como Antônio Nássara, Braguinha, Grande Othelo, Jota Efegê, Mário Lago, Pixinguinha e Sílvio Caldas. Neste período, participou de mais de 50 pesquisas de livros, filmes, exposições e vídeos, a exemplo da primeira Enciclopédia de Música Brasileira, 1977; nos livros ‘Carmen Miranda – A cantora do Brasil’, de Abel Cardoso Jr, 1978; ‘Rádio Nacional – O Brasil em sintonia’, 1985; ‘Radamés Gnattali – O eterno experimentador’, 1984; ‘Francisco Alves – As mil canções do Rei da Voz’, dentre outros. A museóloga é co-fundadora do Coletivo Informal do Facebook ‘S.O.S. Patrimônio’, cujo objetivo é denunciar o abandono, elaborar estratégias e planejar ações para proteger o patrimônio histórico.

3. Amac – Duque de Caxias
Categoria: Associação de Mulheres de Atitude com Compromisso Social – Artesanato, Culturas Populares, Gastronomia

O município de Duque de Caxias apresenta índices de violência contra mulher de 1.863 atendimentos, de Janeiro a Abril de 2014, segundo o Fórum de Violência Doméstica e Familiar e 1.116 atendimentos em 2013. Os números apresentados servem apenas como indicativos, pois os índices de violência contra a mulher sempre foram alarmantes na Baixada Fluminense. Por isso mesmo, em 2011, a Amac passou a atuar em Duque de Caxias, onde promove ações em defesa dos direitos da mulher vítima de violência doméstica e oferece cursos de empreendedorismo, com o intuito de capacitar e inserir a mulher no mercado de trabalho. A AMAC também fomenta o debate sobre os direitos das mulheres e realiza ações de resgate da autoestima feminina. O trabalho da Amac é um dos responsáveis pelo crescimento do número de mulheres empreendedoras na região.

4. Ana Maria de La Merced Gonzalez Graña Guimarães dos Anjos – Rio de Janeiro
Categoria: Culturas Afro-Brasileiras, Culturas Populares, Museus

Diretora presidente do IPN – Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos, Museu Memorial do Rio de Janeiro, desde 2005, – cargo para o qual foi reconduzida por novas eleições por dois mandatos. Coordenou os trabalhos estratégicos, a gestão orçamentária, o desenvolvimento de projetos administrativos, de projetos de pesquisas e de projetos culturais, visando a modernização e a organização da Instituição, com a disseminação do conhecimento histórico do Sítio Arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos e da Cultura Afro-Brasileira. Em 2009, o IPN foi selecionado no Edital de Pontos de Cultura, em convênio com a Secretaria de Estado da Cultura e o Ministério da Cultura, apresentando o Projeto ‘Memorial Pretos Novos – Resgatar a Cultura de um Povo, é Preservar a Memória de um País’.

5. Antônio Jonas Chagas – Maricá
Categoria: Culturas Afro-Brasileiras, Culturas Populares, Patrimônio Imaterial, Patrimônio Material

Há mais de 30 anos no candomblé, Liminha é o babalorixá responsável pelo primeiro censo dos terreiros e lideranças religiosas de Maricá. É fundador da FORMA-Fonte para Orientação Religiosa das Matrizes Africanas, com sede no mesmo município, iniciou em 1999, a lavagem da escadaria da Igreja Nossa Senhora do Amparo – matriz da cidade – que hoje é reconhecida por lei e foi incluída no calendário cultural do município. Ele também é criador do projeto FAC-Fé, Atitude e Cidadania, autor do informativo Lança de Prata, relacionado aos terreiros e indígenas de Maricá, e do do bloco Afoxé Orum. Em meio a tantas atividades, Liminha conseguiu incluir a ‘FORMA’ como membro do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de Maricá e solicitou à gestão municipal a criação do espaço eco-cultural afro-religioso na região do Silvado (Maricá), além da Praça da Escrava Anastácia.

6. Antônio Pitanga Luiz Sampaio – Rio de Janeiro
Categoria: Cinema e Artes Cênicas

Antônio Pitanga Luiz Sampaio foi casado com a atriz Vera Manhães, com quem teve dois filhos, os atores Rocco Pitanga e Camila Pitanga. Atualmente é casado com Benedita da Silva, deputada federal e ex-governadora do Rio de Janeiro. O sobrenome Pitanga veio do seu papel no filme ‘Bahia de Todos os Santos’, o tornou oficial quando disputou uma cadeira na Câmara Municipal do Rio. No cinema, fez ‘O Homem que Desafiou o Diabo’ (2007), ‘Zuzu Angel’ (2006), ‘Vila Lobos, Uma Vida de Paixão’ (2000) e mais 54 filmes. Na televisão, participou de ‘O Clone’ (2001), ‘Celebridade’ (2003), ‘A Próxima Vítima’ (1995) e mais de 50 trabalhos, entre novelas e séries. No teatro, participou da primeira montagem da peça ‘Após a Chuva’ (2007/2008). Na política, além de ter sido eleito vereador, Pitanga se destaca por sua participação no debate sobre políticas culturais. Pitanga é baiano, mas foi no Rio de Janeiro que sua carreira artística deslanchou.

7. ASA – Associação Scholem Aleichem de Cultura e Recreação – Rio de Janeiro.

A ASA – Associação Scholem Aleichem – foi fundada em 1964, no bairro de Botafogo. É herdeira da Biblioteca Scholem Aleichem, criada em 1915 por judeus imigrantes da Europa Oriental. Tendo por patrono Scholem Aleichem, mestre da literatura ídish, a ASA concentra suas atividades no terreno cultural. Promovemos palestras, cursos e seminários. Exibimos vídeos com debates e organizamos manifestações artísticas. Oferecemos cursos de teatro, dança israeli e mantemos, há 21 anos, um coral, para exaltar a cultura universal, e uma biblioteca com mais de 5.000 títulos. Estimulamos, com nossas programações, uma intensa reflexão sobre os temas que mobilizam as inquietações do mundo de hoje. Nossa diretoria é composta por homens e mulheres de diversas profissões. Em comum, o objetivo de defender os DDHH e promover a reflexão por intermédio da cultura.

8. Associação Folclórica e Cultural de Resende

A associação foi fundada em 2007 com o objetivo de integrar os músicos da cultura sertaneja, o folclore, o artesanato e outras culturas. Neste período, a Associação já realizou 58 feiras sertanejas, nas quais tivemos muitas atrações culturais, comidas típicas, danças típicas, encontro de violeiros e a criação da Orquestra de Viola de Resende. Para acompanhar todos os projetos culturais da Associação, acompanhe nossa página no Facebook – ‘sertanejos Resende’.

9. Belinha e sua malinha – Nova Friburgo.

A personagem Belinha nasceu em janeiro de 2011 pela necessidade de levar esperança, brincadeiras, atenção, doações arrecadadas e momentos descontraídos às crianças desabrigadas e órfãs em virtude da catástrofe na cidade de Nova Friburgo, causada pelas chuvas e deslizamentos. Belinha e Sua Malinha chegam para brincar e propor um resgate das verdadeiras brincadeiras que ensinam, distraem, divertem e fazem pensar. Dentro da Mala Encantada existe uma realidade toda nova: brincadeiras de roda, músicas, mágicas, fantoches, piadas, poesias, parlendas, teatro, jogos, que despertam nas crianças o senso de socialização, respeito, paciência, criatividade, habilidades físicas, apresentando-lhes um universo diferente daquele a que estão acostumadas nesse mundo.

10. Centro Cultural Maria Beatriz – Laje do Muraé

O Centro Cultural Maria Beatriz (CCMB) foi criado em 2013, através da Associação Cultural e Educacional Flor de Esperança (ACEFE), que existe desde 1987. O Centro é uma construção coletiva, sem fins lucrativos e com equipe de pessoas capacitadas na área da Cultura e da Educação, todos voluntários. O CCMB nasceu com os objetivos de  estender e preservar o patrimônio histórico material e imaterial de Laje do Muriaé, ampliar os projetos voltados para preservação, difusão e aquisição de bens culturais, incentivar pesquisas sobre a memória e a história do município, com publicação de livro, entre outros acervos. Garantindo, assim, que a comunidade e as escolas tenham acesso e conheçam nossa história. O CCMB realiza anualmente, em agosto, o Projeto de Intercâmbio – Circuito Cultural Arte Entre Povos, com participação de artistas brasileiros e estrangeiros.

11 . Cia. Teatral Letras de Rosa – Rio de Janeiro

A Companhia Teatral Letras de Rosa foi criada por três amigos que, partindo de um desejo de fazer teatro e da paixão pela obra do escritor João Guimarães Rosa, em junho de 2016, se uniram no objetivo de realizar experimentações na interface dramaturgia-musicalidade, contida nos célebres contos do autor, propondo uma teatralidade que dialogue com a grande literatura brasileira. Acreditamos que o papel fundamental do teatro é o de apreender e expor a natureza dialógica do homem, ator/espectador, na elaboração dos seus pensamentos, sensações e ações. Sendo assim, também desenvolvemos nossos processos criativos por intermédio de propostas de diálogos, palestras, oficinas de teatro, música e literatura, criando ambiências favoráveis ao intercâmbio artístico-cultural.

12. Cinema de Guerrilha da Baixada/CGB Filmes – São João de Meriti.

Desde 2011 o Movimento Cinema de Guerrilha da Baixada, hoje CGB Filmes, ministra aulas de cinema por todo o estado do Rio de Janeiro. No acervo tem 72 curtas, que participaram de 389 festivais e mostras de cinema pelo Brasil e exterior, conquistando diversas premiações. Tem filmes adquiridos no Canal Brasil e a série ‘Vem pra Baixada’, no Cine Brasil TV está em sua terceira temporada. Viajamos mundo afora, mas nossa casa é em São João de Meriti.

13. Coletivo Fulanas de Tal – Mesquita

O Coletivo Fulanas de Tal é organizado por mulheres da Baixada Fluminense, com atuação dentro da literatura e dos direitos humanos. O Coletivo foi criado há 8 anos pela professora de Literatura, poeta e escritora Ivone Landim, visando trabalhar, dentro de um viés lítero sócio cultural, todas as questões de gêneros que envolvem a sociedade. Hoje, o Coletivo conta com 20 integrantes e todas as ações vão de encontro à criação, interação da mulher através da poesia e do fazer artístico. Para isso, atua mensalmente com a produção do ‘Sarau de Gêneros Fulanas de Tal’, que acontece toda 3ª sexta-feira do mês, na Casa de Cultura de Nova Iguaçu, quando debate temas atuais por meio de rodas de conversas, atrações artísticas e poéticas. O coletivo também oferece oficinas de artes, literatura, dança, bem como palestras e seminários.

14. Conselho Estadual de Política Cultural do Rio de Janeiro

O órgão foi estabelecido pela Lei nº 7.035/2015 e regulamentado pelo decreto 45.419/2015. Sua implantação foi fundamental para a gestão das políticas culturais, tornando-as mais participativas e representativas. Uma conquista da grande mobilização estadual, pela primeira vez houve participação efetiva dos gestores, fazedores de Cultura pela implementação de um Colegiado eleito por unanimidade em suas regiões. São 32 membros titulares e 32 suplentes. A Secretaria de Estado de Cultura (SEC) produziu 10 Conferências Regionais de Cultura, em 2015, nas quais ocorreram as eleições dos 10 conselheiros regionais, os seis conselheiros segmentos culturais foram eleitos virtualmente, os demais por indicação do poder público. CEPC-RJ é um órgão colegiado, deliberativo, vinculado à SEC, que deve propor ações e metas decorrentes das diretrizes e estratégias do Plano Estadual de Cultura.

15. Denise Braune – Rio de Janeiro
Artes Visuais

Denise Bruane trabalha em seu próprio atelier desde 2014, participou da Casa Cor do Rio, 2016, integra o grupo de Ceramistas Cariocas e realizou pequenas exposições no ano passado. Recentemente, a artista aceitou o desafio de apresentar seu trabalho na 1ª Bienal de Cerâmica Artística e Artesanal da Bélgica, que acontecerá entre 02 a 12 de setembro de 2017, com o trabalho Bottle Oven, bem como, participará do Simpósiocom o Tema: A Cerâmica no Brasil .

16. Diego Fábio Santos de Jesus – Duque de Caxias.

Cypher Caxias é um evento artístico e cultural desenvolvido desde 30 de abril de 2010, data em que se comemora o Dia da Baixada Fluminense. Criado pelo Grupo Urbanos-BF, a Cypher agrupa jovens de toda Baixada, difundindo a cultura urbana através dos quatro elementos do Hip Hop. É um grande encontro mensal de dançarinos, grafiteiros, skatistas, DJs, RAPs. A Cypher é realizada nas ruas e praças de Duque de Caxias, são verdadeiras intervenções urbanas, onde o improviso, a plasticidade e a criatividade se confundem e se complementam. Foi idealizada com o intuito de troca e inserção, interagindo com a comunidade, reconhecendo e refletindo sobre suas habilidades e competências, respeitando a diversidade. Os participantes debatem sobre temas relevantes para a cultura urbana e o desenvolvimento artístico da Baixada Fluminense.

17. Enraizados – Rio de Janeiro.

O Instituto Enraizados é uma organização de hip hop, que trabalha as questões locais e a mobilização de artistas, grupos culturais e indivíduos para a militância cultural e o ativismo cidadão, com o objetivo de melhorar as condições de vida na área onde atua. É uma organização local, mas com influência nacional e internacional, através da Rede Enraizados. A organização é referência juvenil na comunicação alternativa, sendo reconhecido pelo Governo Federal com os Prêmios de Mídias Livres em 2009 e 2010, e tendo como participantes artistas, grupos juvenis organizados, militantes e ativistas da cultura hip hop, sob a coordenação de Dudu de Morro Agudo.

18. Fernanda Borriello – Rio de Janeiro.

Conselheira Estadual de Cultura, segmento de Artes Cênicas, eleita pela sociedade civil; artista completa nas artes cênicas; consultora de diversos projetos culturais; militante da cultura; produtora de grandes espetáculos e eventos no Brasil e no exterior.

19. Grupo Arte em Movimento – Guapimirim

O grupo Arte em Movimento foi criado por Sônia Monteiro, em 2010, com mais de 50 artistas. Desde então o Grupo já realizou exposições por toda a Baixada Fluminense, durante as quais oferecem oficinas de artes, danças, teatro e outros. O objetivo dos participantes do grupo é  ensinar aos jovens, adultos e crianças, formando novos artistas, o que é muito gratificante. No ambiente do Grupo é possível descobrir o que o teatro, as artes Visuais, a música, a história e outras áreas do conhecimento têm em comum. E é possível trabalhar, mantendo o diálogo entre todas as áreas, que apesar de aparentemente muito distintas, todas são fruto da ação e da criação humana e, como tal, estão inevitavelmente ligadas.

20. Grupo de Valsa Noite de Encantos – Rio de Janeiro

O Grupo de Valsa Noite de Encantos foi fundado em 2009 é um projeto que tira jovens das ruas, e dos perigos que a falta de opções oferece aos moradores de favela. Acreditamos que a dança tem o poder de afastar os jovens das drogas, pois, como dizem os entendidos do assunto: quem dança é bem mais feliz! Acreditamos no que fazemos, por isso afirmamos que, se em cada comunidade houvesse meia dúzia de projetos como o nosso, reduziríamos consideravelmente os índices de violência e não perderíamos tantos jovens para o monstro do ócio social e para a balança da desigualdade. O grupo de valsa Noite de Encantos é um salvador de vidas, que realiza as atividades gratuitamente na Biblioteca Parque da Rocinha (C4) para jovens, crianças, idosos e para todos aqueles que, através da dança, pensam em interagir, fazer uma atividade sadia e se relacionar com os demais participantes, sem discriminação de qualquer tipo.

21. Grupo Nossas Raízes – Rio de Janeiro

O Grupo Nossas Raízes foi formado nos anos 80, logo após a fusão dos blocos GRBC Aventureiros do Leme e Boca Seca. No início era apenas um conjunto musical, mas a partir do final dos anos 90, com a extinção da agremiação carnavalesca local, o grupo passa a ser uma das principais referências da memória musical e cultural do Morro da Babilônia. O conjunto é formado por Maurício Monteiro, Célio Brito, Gilmar Beija Flor, Edu da Cuíca, Nico Japonês e Walber Percussão.A roda de samba é uma herança musical das famílias fundadoras das duas comunidades e funciona como um culto à memória e às tradições locais. Entre 2002 a 2006, quando era realizada a Roda de Samba do Leme, uma vez por mês, o Grupo viveu o seu apogeu.

22. Grupo Teatro da Laje – Rio de Janeiro.

O Teatro da Laje nasceu em 2003, como desdobramento das ações realizadas nas aulas de artes cênicas de uma escola pública localizada na favela da Vila Cruzeiro. Em 2006 o grupo recebeu, do Ministério da Cultura, o Prêmio Cultura Viva, concedido a iniciativas com caráter de continuidade e inserção no território onde atua. Em 2009 foi contemplado no edital do Programa Mais Cultura Para os Territórios da Paz e, com os recursos recebidos, construiu o primeiro teatro de bolso da Vila Cruzeiro. De 2014 a 2016 o grupo recebeu recursos do Programa de Fomento à Cultura Carioca (SMC) para realizar seu projeto de residência artística na Arena Carioca Dicró, na Penha. Graças a esses recursos pôde desenvolver seu projeto artístico de fazer das ruas, becos e vielas da Vila Cruzeiro sua sede à céu aberto, aprofundando sua ligação umbilical com seu território. No final de 2015 o grupo criou sua própria escola de teatro, a ETL (Escola do Teatro da Laje) e recebeu por isso a indicação para o Prêmio Shell de 2016 na categoria Inovação.

23. Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB – Belford Roxo

O Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB) é uma instituição particular de caráter científico-cultural, sem fins lucrativos, que tem por missão a dedicação integral à Pesquisa, Ensino e Divulgação da Arqueologia Brasileira. A sede do IAB, no município de Belford Roxo (RJ), é credenciada junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para guarda de acervos arqueológicos. Para isto, comporta hoje dez prédios, reserva técnica, área museal, laboratórios, almoxarifados, salas de aula e alojamentos para pesquisadores visitantes, além de área específica para atividades de cunho sócio-cultural. O IAB é um centro formador de pesquisadores e como tal, recebeu pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) o Prêmio José Reis de Divulgação Científica, em 1986. No segmento da pesquisa acadêmica, em convênio com o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC-RJ), manteve entre 1974 e 2012, em funcionamento no Rio de Janeiro, o Centro de Estudos Arqueológicos (CEA) na Casa da Fazenda do Capão do Bispo.

24. Instituto Zezeu Capoeira Livre – Niterói.

O Instituto Zezeu Capoeira Livre é pessoa jurídica, de direito privado, sem fins lucrativos e econômicos, de caráter educacional, desportivo, cultural, artístico e socioambiental. Criado em 2004 e constituído em 15 de agosto de 2005, em razão da transformação da Associação Zezeu Capoeira de Luta, Dança, Cultura e Arte Marcial Brasileira, que também era denominada Associação Zezeu Capoeira, que foi fundada em 14 de dezembro de 1995 e constituída em 3 de setembro de 1996, a qual é regida por Estatutos e por Regimento Interno registrados em cartório e sujeitos às disposições da legislação em vigor.

25. Jornal Falando de Dança – Rio de Janeiro.

Fundado em 2007, o Jornal Falando de Dança dedica-se a divulgar a cultura da dança, especialmente a de salão, com distribuição gratuita pelos bailes do Grande Rio, é enviado para outras regiões e disponibilizado em versão PDF. Seus colaboradores são jornalistas, advogados, escritores, pesquisadores, antropólogos, historiadores e profissionais da dança, que encontram no JFD espaço para deixar registrado a história  da dança de salão, crônicas de seu cotidiano e suas atividades socioculturais e educativas. Nestes dez anos de atuação, o JFD transformou-se num marco da valorização da dança, promovendo ações afirmativas como a entrega do ‘Prêmio Cultura da Dança de Salão’, a campanha ‘Uma Estátua para Antonieta’, a campanha pela aprovação da Lei Est. 5828/2010, a promoção da efeméride Semana da Dança de Salão do RJ (Lei Est. 3440/2000) e da efeméride municipal Dia do Dançarino de Salão, e a promoção de festivais e congressos.

26. LATEX – Laboratório de Artes e Teatro Experimental – Cachoeiras de Macacu.

O Laboratório de Artes e Teatro Experimental é uma Associação Cultural e um centro de formação e produção artística, cultural, cidadã e humana, sem fins lucrativos, focado na preparação de crianças, adolescentes, adultos e idosos nas mais diversas vertentes da arte, buscando a inclusão sócio-cultural através da prática artística. Considerado de Utilidade Pública Municipal em Cachoeiras de Macacu, pela Lei Municipal  1.871/11 e ponto cultural pelos critérios estabelecidos pela Lei Cultura Viva 13.018/14. Tem como objetivo promover a cidadania, através das práticas artísticas, além de fomentar o gosto pela atividade artística, contribuir para o surgimento de plateias, incentivar o intercâmbio artístico-cultural e contribuir para a formação de novos artistas em geral. Fundado em janeiro de 1984 é hoje um dos grupos teatrais mais antigos em atividade no Estado do Rio de Janeiro.

27. Léa Garcia – Rio de Janeiro.

Nascida no Rio de Janeiro, em 11 de março de 1933, Léa Garcia foi criada pela avó materna desde os 11 anos de idade, após o falecimento da mãe. A avó trabalhava para uma tradicional família carioca e Léa pode estudar nos melhores colégios da cidade. Aos 16 anos, conheceu o Teatro Experimental do Negro, quando passou a negligenciar dos estudos, o que lhe rendeu uma surra pública dada pelo pai. Com isso, Léa fugiu de casa e foi viver com Abdias Nascimento, fundador do Teatro, com quem teve dois filhos e adquiriu um espírito militante contra a discriminação racial e de gênero, característica que marcou sua trajetória artística. Em 1952, estreou como atriz na peça ‘Rapsódia Negra’. Em 1959, fez o aclamado ‘Orfeu Negro’, filme que ganhou o Oscar de melhor obra estrangeira e lhe deu a segunda colocação no Festival de Cannes. Na TV, Léa Garcia fez ‘Escrava Isaura’, ‘Selva de Pedra’, ‘Marina’ e também participou de minisséries e seriados. Foi a única brasileira escolhida pelo Guilford College, dos EUA, como uma das dez mulheres do século XX que mais contribuíram para a luta dos direitos humanos e civis.

28. Leão Etíope do Méier – Rio de Janeiro.

O projeto Leão Etíope do Méier atua desde janeiro de 2014, na Praça Agripino Grieco, com programação gratuita e de múltiplas linguagens artísticas. Os eventos hospedam shows de artistas nacionais e internacionais, exposições, um cineclube, performances artísticas, circenses, teatrais e de dança. Completando mais de oitenta edições em 3 anos de atividades, o Leão se consolidou como um palco a céu aberto na zona norte da cidade abrigando quase 200 artistas neste período. Em 2015, Leão Etíope do Méier produziu, a convite da Funarte, uma série de cinco espetáculos na Sala Sidney Miller. No mesmo ano, o Leão firmou parceria com o Imperator – Centro Cultural João Nogueira – para produção de eventos. Também fomos um dos palcos da Ocupação ‘O Passeio é Público’, o primeiro parque público do Brasil, além de assinar a curadoria do Dia da Consciência Negra, na Arena Cultural Dicró. Nossa missão é evidenciar a potência de um espaço público e central na Zona Norte da cidade.

29. Mariozinho Telles ( em memória) – Teatro; Rio de Janeiro.

O ator e diretor de teatro Mariozinho Telles morreu no dia 27/03/2017, no Rio de Janeiro, aos 64 anos. O artista, um dos grandes nomes do teatro de rua e circense no Brasil, lutava contra um câncer, descoberto em dezembro. Seu velório foi realizado no Dia Mundial do Teatro, no Teatro Dulcina, Centro do Rio. Mariozinho foi o idealizador da Companhia Teatro de Roda e multiplicador do Teatro do Oprimido em 1979/1980. Foi também educador e produtor cultural na Escola Estadual de Teatro Martins Penna, CAL, e Casa de Cultura Laura Alvim. Sua companheira, Maria Rita Rezende, explicou que os projetos vão continuar a pedido dele. “A frase que ele deixou foi ‘o show não pode parar’. Ele deixou tudo encaminhado para a companhia continuar sem ele. Mariozinho dizia que éramos a parte saudável do grupo e nos preparou para seguirmos.

30. MC Marechal e a Batalha do Conhecimento – Culturas Populares, Música; Rio de Janeiro.

Rodrigo Vieira, mais conhecido como MC Marechal é um rapper, compositor, produtor, apresentador e ativista brasileiro. MC Marechal Iniciou a carreira como em 1998, tendo participado do extinto Quinto Andar. Idealizada e divulgada pelo Marechal, a Batalha do Conhecimento visa valorizar o conteúdo das rimas em batalhas de rap. Ao invés de da troca de farpas e ridicularizações. A Batalha do Conhecimento propõe enfatizar rimas sobre novos conceitos, educação, cultura, política e, algumas vezes, temas relacionados à exposição, já que geralmente acontece no MAR (Museu de Arte do Rio). Às vezes, os temas para a batalha são propostos na hora pelo público presente. Ao invés de só rimar, o rapper precisa ensinar algum conteúdo, contar o que sabe sobre o tema. Os próprios diretores do MAR convidaram o MC Marechal a levar a Batalha do Conhecimento para o Museu.

31. Museu do Samba – Rio de Janeiro.

O Museu do Samba é uma organização cultural sem fins lucrativos, criada para valorizar e estimular a cultura do samba em todas as suas manifestações e dimensões.
Criado em 2001 como Centro Cultural Cartola, esteve à frente do processo de reconhecimento e salvaguarda do samba como patrimônio cultural imaterial, além de desenvolver ações educativas e lutar por mais espaço na sociedade para o samba, sua memória e os detentores desses bens culturais. O Museu do Samba tem o objetivo de guardar a memória do samba como patrimônio cultural e preservar as suas matrizes. Além de exposições itinerantes e permanentes, o lugar também abre espaço para oficinas, projetos de cultura do samba, para escolas e roda de samba. Como Centro de Referência e Memória do Samba, o Museu abriga o maior acervo da história do samba, com produção de conteúdo e memória viva. Fica ao pé do Morro da Mangueira, local de grande tradição no cenário do Samba carioca e abriga uma exposição permanente que pode ser visitada de 2ª a 6ª, das 10h às 17h.

32. Myrian Dauelsberg – Rio de Janeiro.

Myrian Dauelsberg nasceu no Rio de Janeiro. É afilhada de Villa-Lobos, filha do pianista Arnaldo Estrella e da violinista Mariuccia Iacovino. Doutora em Música pela Sorbonne. Aperfeiçoou-se no Conservatório Nacional de Paris, com Vlado Perlemutére, e, em Viena, com Bruno Seidlhofer. Dirigiu a Sala Cecília Meireles por seis anos. É presidente do Instituto Dell’ Arte há 34 anos, responsável pelos Festivais de Inverno no interior do Rio de Janeiro: Petrópolis e Friburgo. Paralelamente exerce atividades na área social, promovendo ações de inclusão social através de música e dança, dando suporte para a Orquestra Sinfônica Mariuccia Lacovino da Ong Orquestrando a Vida e a Cia. Brasileira de Balé.

33. No Palco da Vida – Teatro – Rio de Janeiro

Descobri o teatro e o circo aos 7 anos de idade. Vim do interior do Ceará, de uma cidade chamada Tabuleiro do Norte, para o Rio de Janeiro, de carona em cima de um caminhão de melão, para realizar o meu grande sonho de ser ator. No Rio, lavei pratos, fui atendente em padarias, lavei banheiros e fiz faxina, tudo para poder pagar minha formação de ator. Venho realizando o meu sonho e os de meninos e meninas como eu, a partir de minhas primeiras vitórias na carreira. Comecei a dar aulas de Teatro em favelas: em fundo de quintal de alunos que cediam o espaço, em terrenos abandonados e quadras, e, depois de um tempo, tive a ousadia de alugar uma casa para criar o Projeto Social No Palco da Vida. Lá um grupo de meninos e meninas, adolescentes e adultos, se une para praticar a arte do Teatro. No local todos têm acesso a ‘Biblioteca Padre Pio’ de Teatro, com mais de 5000 títulos relacionados ao assunto e outros temas correlatos, revistas, jornais referentes a essa arte e uma videoteca com 8 mil títulos a ela relacionados, filosofia e história.

34. Ponto de Cultura Escola POP – Rio de Janeiro.

Trabalhamos para a capacitação da comunicação popular, o que contribuirá para o projeto de formação de cultura digital, trazendo elementos para os processos de mudança. Com isso queremos garantir o fortalecimento da democracia, da identidade, da defesa dos direitos humanos e dos direitos civis, a proteção ambiental, a proteção à criança, a política de denúncia, a luta contra a injustiça social e a pobreza, por meio de workshops e seminários de formação e de colaboração, intercâmbio e estímulo de rede para o desenvolvimento pessoal e trabalho em grupo com as comunidades do Rio de Janeiro, principalmente de Jacarepaguá. Nosso objetivo é promover a capacitação das pessoas através de um programa de comunicação popular de alto impacto social na comunidade. O Projeto se construiu desde de 2011 em encontro latino Americano de Juventude em Medellin com outros companheiros de linguagem de Teatro Comunitário e comunicação Popular.

35. Raymundo Bastos Ribeiro – Nova Friburgo.

Formado em Economia, pela UFRJ, e pós-graduado no exterior, Raymundo criou o Instituto Serrano de Economia Criativa. Uma associação sem fins lucrativos, formada por profissionais de diversos segmentos, com ampla experiência em comunicação, eventos e ações de desenvolvimento setorial, interessados na promoção do desenvolvimento da Região Serrana, por meio da valorização de sua produção intelectual. Uma das missões é promover a Economia Criativa como agenda de desenvolvimento estratégico para os municípios da Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, valorizando seus agentes econômicos e sociais, que trabalham e promovem sustentabilidade econômica, social, cultural e ambiental, tendo o capital intelectual, a criação de bens intangíveis, a preservação de patrimônio histórico e cultural, a inclusão social e inovação das cidades como matéria-prima. A partir de 2013, o ISEC ampliou o foco para o segmento audiovisual.

36. Rede Nami – Rio de Janeiro
Categoria: Grafite

Nami é uma rede feminista, formalizada em 2012, que usa as artes urbanas para promover os direitos das mulheres. Sua missão é multiplicar o empoderamento de mulheres sobre seus direitos, através das artes urbanas. Realizamos oficinas onde o graffiti é ferramenta para discussão e o empoderamento das mulheres sobre seus direitos. Por meio de campanhas de comunicação nas redes sociais, multiplicamos suas mensagens e informações. Um de seus principais projetos é o #Afrografiteiras, um programa de formação em arte urbana focado na expressão e promoção do protagonismo de mulheres afro-brasileiras com quatro principais temáticas :Arte urbana como veículo da comunicação; Empoderamento a respeito das temáticas de gênero e raça; Empreendedorismo social, produção cultural e economia criativa; Novas tecnologias da comunicação, informação e marketing viral.

37. Rio a Parada é Funk – Rio de Janeiro
Categoria: Culturas Populares, Dança, Música; Rio de Janeiro

Imagine um dia;
– 12 EQUIPES DE SOM
– 120 DJ’s
– 90 MC’s
E Muita, mas muuuita gente dançando!
Mais de 800 mil pessoas participaram das edições da Rio Parada Funk, realizadas em 2011 no Largo da Carioca, 2012 na Lapa e 2013, 2014 , 2015 e 2016 na Apoteose.
O projeto consagra o Funk como expressão Cultural e Econômica do Estado do Rio de Janeiro.

38. Roque Pense! – Duque de Caxias
Categoria: Música

O Roque Pense! surgiu em 2011, como a ideia de realizar um circuito de bandas de rock apenas com mulheres. Seus shows e intervenções se desenvolveram no seio da rede afetiva e cultural da Baixada Fluminense, a proposta de construir uma cultura antissexista, contra a discriminação pelo gênero no universo do rock. A ideia se materializou no Festival Roque Pense!, que, ao longo de três edições, se consolidou como um dos mais importantes festivais de rock com protagonismo feminino do Brasil. O festival integrou o programa Petrobras Cultural e a rede de projetos apoiados pelo Fundo Fale Sem Medo – Fundo Elas e Instituto Avon, e foi premiado no Prêmio Cultura de Redes – Categoria coletivos culturais, concedido pelo Ministério da Cultura, em 2015. O festival trouxe à Baixada o reconhecimento do rock como identidade cultural da periferia, sendo realizado nas cidades de Nova Iguaçu, Mesquita e Duque de Caxias, com participação de artistas e bandas de diversos estados do país.

39. Roteiros Geográficos do Rio – Rio de Janeiro
Categoria: Patrimônio Material

O Projeto Roteiros Geográficos do Rio, coordenado pelo Prof. Dr. João Baptista Ferreira de Mello, do NeghaRio (Núcleo de Estudos sobre Geografia Humanística, Artes e Cidade do Rio de Janeiro), (PPGEO) Mestrado/Doutorado do Instituto de Geografia da UERJ está há 14 anos nas ruas do Rio e em ambientes fechados, tais como igrejas, centros culturais e assim por diante, procurando traduzir a cidade tal qual um livro aberto a ser interpretado. São aulas-passeio grátis, a pé, oferecidas de dia, à noite e de madrugada. De um lado há roteiros que se repetem todos os meses como Domingo no Centro do Rio ou Caminhando entre Luzes no Centro do Rio à Noite e, excepcionalmente, as Catedrais de São Sebastião do Rio de Janeiro, Negras Geografias e Marlene Vive no Porto Olímpico, além de O Rio de Tiradentes – dos Tormentos às Reverências, realizados uma única vez ao ano.

40. Silvério Pontes e Zé da Velha – Rio de Janeiro
Categoria: Música

Nascido em Sergipe, Zé da Velha (José Alberto Rodrigues Matos) foi influenciado musicalmente pelo pai, alfaiate profissional e flautista e saxofonista amador. Já morando no Rio, aos 15 anos, começou a tocar trombone, primeiro de pistão, mais tarde de vara. Logo cedo se enturmou com músicos de gafieira, sambistas e chorões da Velha Guarda, de onde veio o apelido que virou nome artístico. Paralela à atividade de instrumentista, trabalhou em companhias aéreas por mais de 40 anos. O trompetista Silvério Pontes, 20 anos mais jovem que Zé da Velha, transita pela área do choro e tocou ao lado de artistas como Luiz Melodia, Tim Maia, Elza Soares e integra o naipe de metais do grupo de reggae Cidade Negra. A parceria entre Silvério e Zé da Velha começou em 1991, e deu tão certo que os dois passaram a se apresentar juntos e em 1995 gravaram o disco ‘Só Gafieira’, indicado para o Prêmio Sharp.

41. TACA. Teatro Amador Colégio Anchieta – Nova Friburgo
Categoria: Teatro

O Taca é um grupo teatral atuante na comunidade friburguense, além de ser uma atividade estudantil que estimula o desenvolvimento cultural dos alunos. O auge do Grupo aconteceu nas décadas de 70 e 80, no entanto, hoje, o colégio continua sendo palco para apresentações de peças, sob a direção da professora Jane Ayrão, sempre com uma grande participação e apoio de toda comunidade anchietana.

42. Workshop Permanente Passarela Social – Rio de Janeiro
Categoria: Artes Integradas, Artesanato e Moda

Passarela Social atua desde de 2011 oferecendo, gratuitamente, qualificação profissional para a moda fashion de passarela para jovens de 12 a 35 anos do Estado do Rio de Janeiro. Trabalhamos com interessados em atuar como modelos, fotógrafos, produtores, estudantes de moda, profissionais autônomos, possibilitando inserção no mundo da moda, através de visitas técnicas, oficinas e vivenciando os mais diferentes ambientes e eventos. Após a formação, também monitoramos a carreira dos profissionais e as oportunidades de trabalho, além de oferecermos o primeiro material de divulgação, o que facilita a inserção e diminui a desigualdade no mercado da moda. Buscamos parcerias com órgãos públicos e Instituições, além de profissionais de fotografia, moda e produção, sempre contando com a participação de estudantes do mesmo segmento para contribuir, construir e iniciar sua vida profissional.