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Policiais civis continuarão sem receber 13º e horas extras
29 Março, 2017

Numa tentativa de encerrar as discussões na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), uma vez que o secretário de Fazenda Gustavo Barbosa não compareceu a nenhuma das duas audiências públicas provocadas pelo deputado Zaqueu Teixeira (PDT), através da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Alerj, e dar uma resposta aos policiais civis, o governador Luiz Fernando Pezão reuniu-se com os parlamentares da Comissão e os representantes de classes da Polícia Civil, no Palácio Guanabara, segunda-feira (27/03).

A expectativa de Zaqueu Teixeira e dos demais participantes era de que houvesse uma solução para o pagamento do 13º e das horas extras dos policiais civis, reivindicações dos agentes que estão em greve há mais de 70 dias. No entanto, o governador e o secretário de Fazenda foram unânimes em afirmar que o estado só terá uma sinalização positiva quando for aprovado, no Congresso, o Plano de Recuperação Fiscal. “Não há chance no curto e médio prazo para resolver a situação do Rio, a não ser por meio da União”, afirmou Barbosa.

Após a frustração causada pela afirmação do governador, Zaqueu solicitou que houvesse um novo encontro após a aprovação da recuperação fiscal no Congresso. “Viemos com a expectativa que o governador oferecesse, pelo menos, um calendário de pagamento, o que permitiria que os policiais se organizassem. Como este não é o caso, vamos marcar uma nova reunião para dar uma posição à categoria e construir uma saída definitiva para a greve”. Se as datas de votação no Congresso Nacional se confirmar, o novo encontro com o governador acontecerá após o dia 10 de abril.

Polícias militares e abono permanência entram na pauta

O parlamentar aproveitou o encontro para solicitar ao governador que, caso sejam aprovadas as mudanças na previdência, os policias civis não fossem atingidos pelas novas diretrizes. “O policial civil não perde a capacidade de investigação com o tempo, então peço que o senhor garanta que aqueles que estão no abono permanência não sejam atingidos pela reforma da previdência. Que o Rio não entre no afã de atender às exigências da União e atinja essa força de trabalho”.

Zaqueu também solicitou ao governador que olhe com atenção as punições geográficas que vêm ocorrendo na Polícia Militar. As transferências estaria sendo feita devido ao movimento que mulheres de policias militares fizeram em fevereiro.

Além de Zaqueu Teixeira, participaram do encontro a deputada Martha Rocha (PDT), que preside a Comissão, Flávio Bolsonaro (PSC), Gustavo Tutuca (PMDB) e representantes das categorias da Polícia Civil.