A radiografia cultural não está apenas na capital. É preciso expandir para os 92 municípios. Esta foi a síntese do 2º Seminário de Gestores da Cultura, que teve a presença de 130 pessoas, representantes de 43 dos 92 municípios do estado. Por acreditar nesta descentralização é que Zaqueu Teixeira, desde que assumiu a presidência da Comissão de Cultura da Alerj, vem trabalhando para que as atividades da Comissão sejam realizadas em todos os municípios do estado.

O evento aconteceu no Rio de Janeiro, mas a descentralização foi um dos temas recorrentes na fala dos participantes e cumpriu o objetivo de chamar os diversos atores do interior para discutir a Cultura. Os outros temas centrais foram fomento e financiamento à produção cultural no estado.

“Queremos trazer uma concepção mais integrada da cultura. Por isso, abordamos questões como a formação de novos gestores e de um público disposto a consumir cada vez”, ressaltou Zaqueu.

Zaqueu Teixeira também lembrou que, graças a uma emenda proposta pela comissão, a cultura foi uma das poucas exceções à proibição de isenções fiscais no estado, impostas pela Lei 7.495/16. “A emenda permite que a cultura mantenha seus incentivos. É uma conquista importante. Não é pela crise do estado que temos que matar o segmento cultural, muito pelo contrário.”

De acordo com Cleise Campos, presidente do Conselho Estadual de Política Cultural do Rio de Janeiro, o Rio é o nono estado brasileiro a ter uma lei específica de cultura. Contudo, dos 92 municípios fluminenses, só um terço possui secretarias voltadas exclusivamente para o setor. Ela também afirmou que, no estado, existem 56 conselhos municipais, mas apenas 28 em funcionamento.

Participaram da mesa de abertura do Seminário Zaqueu Teixeira (PDT), o secretário estadual de Cultura, André Lazaroni, o deputado Eliomar Coelho (Psol) e o vice-presidente do Conselho Estadual de Política Cultural do Rio de Janeiro, Écio Salles.

Com colaboração da Comunicação da Alerj
Foto de Octacílio Barbosa/Divulgação Alerj