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Vender a Cedae não é a única solução
13 Fevereiro, 2017

Nesta semana, o Plenário de Assembleia Legislativa vai votar o Projeto de Lei enviado pelo Poder Executivo que trata dos termos de venda das ações da Companhia Estadual de Águas e Esgoto(Cedae), o último ativo do Estado, que sangra com os servidores em paralisações constantes, manifestações legítimas e uma Universidade em apuros.

O nosso mandato sempre teve compromisso com a população e atuou em diversas áreas, elaborando legislação, discutindo o estado e suas relações com a sociedade civil e os servidores. É fato que a Cedae precisa melhorar muito para chegar a níveis aceitáveis de atendimento a todos os consumidores dos seus serviços, pois é inadmissível que até hoje a água seja retirada da Baixada Fluminense para atender a Zona Sul do Rio de Janeiro.

Por outro lado, todos sabemos que estão ocorrendo investimentos para aumentar a capacidade de produção e distribuição de água, o que significa dizer que a companhia ficará mais rentável. A promessa do Executivo, sem nenhum planejamento de longo prazo, faz parecer que é possível resolver o agora.

Salários em dia, retomada das obras financiadas pelo Governo Federal e uma mínima nova movimentação de criação de postos de trabalho e mais circulação financeira. O cardápio oferecido não é, de longe, o ideal. Não se aproxima em nada do que esperamos para o bom desenvolvimento de um Estado que garanta os direitos de sua população.

É imperativo pensar que não há muitas saídas agora que estamos no fundo de um poço bastante profundo. Porém, o governo tem inúmeros bens móveis e imóveis que podem ser utilizados como garantias ao empréstimo, como a dívida ativa, por exemplo.

A venda da Cedae não é a única solução. Há outras garantias. Entregar a companhia à “Bacia das Almas” será o pior negócio que o governo do Estado do Rio de Janeiro poderá fazer, depois de sucessivas trapalhadas . Cabe, portanto, ao Executivo, ao Legislativo e à População projetarem soluções a longo prazo que garantam a retomada do Estado do Rio de Janeiro e o retorno de seu papel importante para todo o Brasil.